Os paradigmas do conhecimento científico vêm sendo modificados ao longo do século XX, mas a escola deve se perguntar a quem essas mudanças servem, ou ainda, a quem os avanços tecnológicos possibilitados por esses paradigmas têm servido.
Existem dois itens que vêm sendo abordados como os objetivos da educação. Seriam eles a instrução, que pauta os conteúdos e disciplinas a serem abordados, e a formação ética e moral dos alunos, item que, apesar de ser citado na maioria dos projetos político-pedagógicos das escolas, vem sendo tratado na prática, de forma subjetiva.
Esse sistema de ensino vem sendo testado pelas novas demandas modernas. A instrução torna-se problemática quando novos conteúdos são propostos, visto que esses conteúdos não são mais possíveis de serem abordados através da disciplinarização. A nova estrutura da família moderna também exige que a formação moral e ética seja dada, não mais pela família, mas pela instituição educacional por excelência: a escola.
A escola admite essas novas demandas e o modelo que orienta essa transformação para atender essa necessidade é o modelo da transversalidade. A transversalidade pede temas que atravessem todas as disciplinas, como os valores, por exemplo. Para ser considerado transversal, um tema também deve ter atrelados temáticas ético-político-sociais, que contribuam para melhorias para a sociedade.
A transversalidade não deve ser vista como um método, somente, mas como um novo foco, de caráter epistemológico. Os temas transversais são voltados para uma educação em valores, e que busca dar resposta aos problemas que a sociedade reconhece como preocupantes. Além disso, os temas transversais devem conectar a escola à vida. Por fim, devem ser temáticas que estejam abertas a novos temas e problemas sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário