O crescimento tem despertado o interesse de muitos profissionais. De médicos a educadores.
O crescimento físico se reflete no aumento da altura, peso e massa corporal. Esse crescimento se dá em um ritmo acelerado até os oito anos de idade, depois há uma amenizada para, ocorrer o chamado Surto de crescimento, na entrada da puberdade. Crescimento físico avalia o aumento global do indivíduo, e não apenas o aumento de um dos fatores acima mencionados.
Características do crescimento nas diferentes fases da vida:
De 0 a 3 anos de idade – no primeiro ano de vida a criança dobra ou triplica seu peso e aumenta em 50% sua altura. Depois os ganhos são menores, porém significativos. O cérebro está em constante desenvolvimento. Atividades espontâneas, em um primeiro momento, como sugar ou sorrir, tornam-se mais complexas, por exemplo, andar e falar.
De 3 a 8 anos – nesse período o crescimento é estável, os ganhos de peso giram em torno de 9 kg ao ano, de atura,aproximadamente 7 a 10 cm ao ano. O sistema esquelético e a ossatura se enrijecem significativamente (desde que não haja qualquer anomalia ou carência alimentar). Há pouca diferença entre meninos e meninas com relação à estrutura muscular.
No final desse período começa a produção de Mielina, no cérebro. Ela é uma camada de gordura que envolve os neurônios e facilita a transmissão dos impulsos elétricos. Possibilita a conexão neural e promove o desenvolvimento das habilidades motoras. O córtex cerebral amadurece, possibilitando a sofisticação de desempenhos motores e cognitivos.
Os aspectos sensoriais continuam em desenvolvimento nessa fase (o globo ocular cresce até os 12 anos, aproximadamente). A expressão verbal (pensamentos e idéias) se desenvolve paralelamente com sua imaginação. Torna-se possível a associação de causa e efeito (por que) e do processo (como). A brincadeira é a forma mais eficiente de aprendizado para a criança, nessa fase.
Os aspectos afetivos presentes nessa fase são o egocentrismo, o receio de situação e a formação de autoconceito. É importante frisar que, em decorrência dessa formação, é importante que se elogie a criança quando ela fizer algo positivo.
De 8 a 12 anos – os ganhos de altura e peso são mais lentos e constantes. Há uma melhor organização dos sistemas sensório-motores e rápidos ganhos de aprendizagem. Começam a aparecer diferenças físicas entre meninos e meninas. As habilidades relativas à percepção tornam-se mais refinadas. Do ponto de vista cognitivo, desenvolve-se nessa fase a habilidade de focar a atenção e o desejo de aprender. Melhora da interação social e surge o desejo de aventura.
Fatores que influenciam o crescimento infantil
A hereditariedade determina um crescimento potencial que pode ou não ser atingido pela criança.
Os fatores perinatais, ou o histórico intra-uterino pode influenciar.
Problemas com a nutrição comprometem o desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Tanto a desnutrição quanto a nutrição em excesso são prejudiciais.
Atividades físicas promovem o desenvolvimento físico e motor e das habilidades sensoriais e das relações sociais. É fundamental que sejam bem orientadas para que essas atividades sejam bem direcionadas na formação da criança.
Quaisquer disfunções na produção dos hormônios do crescimento podem prejudicar o desenvolvimento da criança, assim como a conseqüência de algumas doenças.
O estilo de vida sedentário, a reclusão por insegurança e a obesidade prejudicam o crescimento.
O fator ambiental, formado pelos vínculos entre pai e criança, mãe e criança e nas relações familiares influenciam diretamente seu desenvolvimento.
Plasticidade cerebral
Antigamente acreditava-se que o cérebro era uma estrutura estanque. Que não se modificava ao longo dos anos. Plasticidade cerebral é o nome das modificações que ocorrem na estrutura cerebral de acordo com novas experiências. Vemos isso diariamente em termos práticos, na profissão docente.
Um estudo realizado em um grupo de praticantes de judô demonstra que a prática esportiva dessa modalidade gera modificações em áreas do cérebro responsáveis pelo movimento. Isso comprova que determinados tipos de estímulos causam modificações na estrutura cerebral.
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