Os depoimentos das crianças evidenciam algumas das conquistas que essa prática proporciona, como a habilidade de externar suas insatisfações, o cuidado com o direito à privacidade das pessoas, a compreensão dos argumentos alheios etc.
Os educadores atuam como auxiliares e, ao mesmo tempo, mediadores dos conflitos que surgem ao longo das atividades. Eles estimulam o debate e os organizam.
É importante notar que, ao mesmo tempo em que se abre um espaço para queixas, se estimula também o reconhecimento das conquistas por parte dos alunos. Então, no mesmo espaço onde se pode publicar uma queixa, se pode das felicitações a alguém por um comportamento elogiável.
O professor Ulisses Araújo nos faz um alerta importante no sentido de que não seria indicado a uma instituição ou a um educador específico, instituir o mecanismo das assembléias com expectativas prévias que não sejam estritamente aquelas ligadas ao desenvolvimento dos valores éticos e democráticos nas crianças. Por mais que se perceba que esse mecanismo tem como resultado evidente a diminuição de episódios de violência na comunidade escolar, não seria sequer aceitável que se instituísse com essa expectativa direta e a curto prazo.
Por fim, aparecem depoimentos bastante marcantes de pais que se disseram surpresos com a postura dos filhos, mas que, ao mesmo tempo, perceberam o quanto podem aprender com a experiência. E de como as relações saem fortalecidas com a possibilidade de diálogo potencializadas pela perspectiva democrática aprendida na prática escolar.
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