A saúde do professor deve ser motivo de preocupação na escola e muitas são as causas de doenças ligadas à prática docente. Excesso de trabalho, indisciplina dos alunos, salário baixo, pressão da direção, violência, demanda dos pais de alunos, bombardeio informações, desgaste físico, perda da voz, problemas posturais, falta de reconhecimento na profissão são algumas das causas de estresse, ansiedade e depressão, no profissional de educação.
Para cuidar da voz, material de trabalho do professor, que se torna um problema principalmente pela necessidade que ele tem de tentar falar mais alto do que os alunos e durante várias horas por dia, deve-se atentar para a hidratação, a articulação, o posicionamento, a variação melódica e a respiração. O problema é que a maioria dos professores não foi preparada para utilizar profissionalmente a voz. E só procuram profissionais quando já estão doentes.
Os problemas posturais do professor têm como causas: posturas viciosas, sedentarismo, hérnia de disco, sobrepeso, LER (recentemente conhecidas como DORT) etc. A principal maneira de evitar problemas é fazendo alongamento, tendo o cuidado postural durante o exercício docente e a prática de exercícios físicos.
Outro grande problema de saúde enfrentado pelo professor é o estresse, que é conhecido como uma reação do organismo à estímulos constantes, que causam medo, confusão ou euforia causando respostas de caráter físico e biológico. As fases do estresse são: a fase de alerta, de resistência, e de exaustão. Na fase de alerta, é comum o organismo desencadear reações que, por vezes, amenizam os sintomas ou até mesmo, resolvem o problema. Na fase de resistência o corpo se debate com os estímulos que causam o estresse e, se os motivos perduram, chega-se à fase de exaustão, quando o organismo do profissional para de reagir e perde as forças com que lutava contra esse bombardeio de estímulos. É quando a pessoa fica suscetível a uma série de doenças.
A síndrome de Burnout é muito marcante como conseqüência do estresse, caracterizando-se por uma exaustão profissional, uma avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade exagerada. As causas do estresse profissional são, principalmente, a sobrecarga quantitativa de atividades acumuladas, a falta de tempo, a falta de recursos para o exercício da função e um sistema educacional deficitário. Vale lembrar que todos passam por esses estímulos, mas nem todos desenvolvem estresse por que o resultado depende de como se responde ao estímulo.
Para prevenir ou melhorar um quadro de estresse o professor pode buscar o auxílio dos colegas, a interlocução com pares, deve aprender a esperar um momento melhor e aprender a ver o que pode ser feito em determinada situação e não focalizar no que não pode ser feito. O profissional deve ainda procurar não desenvolver dependência de alguém, deve procurar ser flexível, além de fazer exercícios físicos, manter bom sono, boa alimentação, reservar tempo para si mesmo.
É importante, também, procurar ainda criar um bom ambiente de trabalho recebendo apoio da direção, mantendo-se em formação constante, procurando hora para o lazer, manter a saúde física e emocional bem cuidada, buscar o apoio dos colegas, manter boas condição de trabalho e conhecer o projeto político pedagógico da escola, buscando, com isso, ser prestigiado.
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